segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Eu queria

Um cara
Pra levar pra casa
Apresentar pra mãe
E ele ser apelidado de "Tchê!" depois de 5 minutos, afinal, né?
E a família, dessa vez, gostasse dele de fato.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sobre-Amar

Eu penso que vou por meu nome numa Vela pra Santo Antonio.
Daí eu penso nisso e penso "ainãonãonão" e fico com medo.
Reclamo, reclamo, reclamo que to sozinha. Chega na hora e fujo dos problemas.

AFINAL o que é que eu quero?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ê Merda..

É quando você tenta ser economica, compra um Capuccino da marca carrefour no super e percebe que nada é tão ruim quanto aquilo. Mas você pagou, é melhor começar a tomar logo.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vou te escrever uma carta.

domingo, 11 de setembro de 2011

O Amor

Quando deitou por cima dela e a beijou, sentiu como se mergulhasse num oceano.

Era uma festa bastante monótona, com música ruim, pessoas medíocres, bebida barata, mas um quintal razoável. Havia uma árvore solitária num canto, e ela estava sentada na grama embaixo. Encarava algo acima. A copa das árvores, ou o céu. Ele não sabia.
E então, ela o encarou.
Não sorriu ou expressou coisa alguma, mas seus olhos pareciam carregar o segredo de todas as coisas do Universo, e aquilo o encontrou como um vento frio. Ele chegou perto, se ajoelhou, segurou a mão dela entre as suas e disse, num sussurro:
- Me conta.
Ela sorriu. Sorriu com a boca, os olhos, com o leve angulo que inclinou sua cabeça. Sorriu com as mãos que eram cercadas pelas dele, sorriu com os dedos que a mantinham no chão, com as pernas cruzadas na grama. Exalou com todo o corpo a harmonia que o cosmos podia ter.
Ele reparou que chorava.
- Quem é você?
Ele sabia que não haveria resposta. Ela não disse nada e ele sempre soube que seria assim. Apenas demonstrou compaixão com o retrair das sobrancelhas.
Quando deitou por cima dela e a beijou, sentiu como se mergulhasse num oceano.

Acordou com a luz do sol, no meio da tarde. Não havia mais nada alí, somente a grama, a árvore e gente bebada dormindo naquela casa.
Ele se sentou, e olhou pra cima, para a arvore, para o céu, para as nuvens, para além de tudo. Uma jovem saiu cambaleando da casa, com os sapatos nas mãos e nenhuma idéia de que horas seriam. Ele a encarou, sem mudar de expressão.
Quando deitou por cima dele e o beijou, sentiu como se mergulhasse num oceano.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ceci n'est pas une tattoo

É um aviso: Ser impulsiva não mata. Ser impulsiva é saudável. Eu deveria desencanar mais. Não pense tanto no depois, nas conseqüências, no que vão pensar. Não pensar demais faz bem, não ser neurótica também. É bom rir da dor e das cócegas. No final a Dona Rosa adorou, o Chico também, todo mundo. E eu amei também.
É um arauto da saudade por todos os gatos que tive, tenho, terei, brinquei só na rua, olhei nos olhos com carinho, que precisam de um lar. É o símbolo do meu amor pelas coisas vivas, é lembrar que amor não é algo somente humano.
É um lembrete do amor que eu sempre tive por você, que tantas vezes foi tão grande a ponto de eu não suportar, e ter te afastado por tanto tempo.
É o que só a May e você me fariam fazer. E é algo meio cabalistico, já que a terceira tatuagem, ao menos, será minha por mim mesma. E eu tenho uma coisa com esse número "3".




Então, com aquele suspiro aliviaaaaado de algo que nem sei o que é, te digo: Obrigada por me fazer ter feito isso.

domingo, 21 de agosto de 2011

Das coisas que só Neil Gaiman faz por você

Ela era uma ladra.
Das más, terríveis, tétricas, abomináveis, horripilantes! E muitos, muitos outros adjetivos bem assustadores para definir alguém assim.
É claro que as pessoas sabiam dela, e das pessoas de sua "laia". Mas nunca, nunca a pegaram.
Já usou de tudo: identidades falsas, roubadas e desculpas absurdas. Usou disfarces, usou mentiras. Era algo descontrolado.
Ela roubava histórias. Livros não. Histórias mesmo.
Ela as roubava das páginas, livrarias e bibliotecas (ou de basicamente tudo que tentasse privatizar, burocratizar, organizar e dificultar seu acesso às tão preciosas jóias de seu cérebro). Chegava como quem não quer nada, estacionava atrás da estante dos livros de literatura clássica (caso você não saiba disso ainda, os mais famosos e procurados ladrões de história se encontram nessa ala. Não por gostarem dos clássicos, mas ninguém em sã consciência para lá por livre e espontânea vontade.), com livros das mais diversas estantes. Julgados ou não pelas capas, ruins ou bons, grandes, breves, velhos, novos, da sessão de best seller ou dos mofados no canto.
Os lia com uma voracidade intensa e única. Ninfomaníacos, chocólatras, tabagistas, alcoólatras... HÁ! Leitores vorazes viram a noite com algo insípido, feito de papel, que cansa os braços, os olhos e as costas. Com sorte, ainda sujam os dedos e sofrem de rinite crônica. E ela o fazia em pé, atrás das estantes.
Depois, fechados os livros e devolvidos na estante intactos (e se "tacto" definisse o ato de cheirar aquele odorzinho maravilhoso de livro recém aberto, esse verbo seria BASTANTE inadequado aqui), saia caminhando nostálgica, feliz, dona de uma fortuna incalculável.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dentre todas as coisas que fazem você parecer a irmã que eu não tive...
...a distância nso aproximar, essas coisas parecidasediferentesaomesmotempo que temos...
mas é a faltinha engraçada que você faz.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Diagnóstico

O médico diz:
- Fale 33.
E eu digo. Trinta e três.
- O que você está sentindo?
- Palpitação, ansiedade, calor nas faces, dormência nos membros anteriores, uma terrível certeza de que tudo é possível.
- Algo mais?
Dou um longo suspiro e o olho nos olhos.
Ele pede um exame de sangue e me chama para o diagnóstico umas horas depois.
- É amor platônico. Tome doses fortes de realidade e sobriedade.

Consultei um homeopata. Ele diz que tomei doses muito fortes de aventura e ilusão. Me aconselha passiflora para a ansiedade e palpitação e diz que doses homeopáticas de paixonite melhoram a circulação, mas pode ser toxica.

Vou pra casa com receitas na bolsa, remédios nas mãos e uma corda bamba nos pés.

domingo, 19 de junho de 2011

A História da Minha Vida

Pensa comigo:

Conheço alguém, não muito...mas o suficiente pra pensar que a pessoa é genial, incrível, super temos tudo a ver.
Eu resolvo dividir meu tempo com ela. É mágico, é lindo, tem tudo pra dar certo.
Meses depois, descubro que não é bem assim. Na minha consicencia elevada do ser eu penso que não é por acaso, eu devo tirar alguma coisa daquilo, o destino não nos uniu a toa.
Mais tempo ainda, eu começo a me sentir mal, sentir raiva, sentir infelicidade. O medo de magoar, o medo de dar errado e o medo da mudança são mais fortes do que eu.
Chego no limite, quando eu desisto de tudo, de mim e de qualquer ensinamento maior que o universo planejava. Já chega. Deu.
Eu saio de um relacionamento de meses, anos ou sei lá com o coração partido, me sentindo uma idiota, pensando que eu sou burra e ingenua. E a pessoa vira uma fonte de decepção e desapontamento quase infiita.

Isso descreve meus namoros.
E a minha colega de quarto.

Eu acho que vi um padrão.

Se eu aprendi algo disso tudo é: Se algo está ruim, pule fora. Conheça bem alguém ante de se envolver. FIM.
E não ter medo de procurar, acima de tudo, a minha felicidade. As melhores lições são aprendidas pelo amor. Quando estamos tristes, o mal estar da vida nos cega pra tudo além dos sentimentos ruins que nos consomem.

fica a dica

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Invernos

Tempo onde tudo seca, tudo dorme. Não tem nada alí além de você e o resto, sem o disfarce amigável do verde, sem o calor que confunde. É só você e os galhos secos. E o frio, é lógico.
Você encara tudo aquilo, sem nada além do ar entre seus olhos e a verdade. Então enxergamos exatamente o cerne, o centro, a medula. A coisa é tão nua e crua que parece cruel, dura, fria e sem coração. Não há folhas, flores, frutas, calor ou vida aparente.
Então eu me arrependo.
Mas me esqueço, também, que folhas, flores, frutas e calor fazem parte daquilo e a vida não foi embora.
Mas o nu e cru é tudo que eu consigo ver, e estamos naquele momento em nossa vida onde uma vez que se vê a realidade da coisa, você se cega pra qualquer amenização dessa imagem.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Não sei se foi o fato da minha mãe saber que ela trouxe um cara aqui em casa quando eu tava doente.
Ou se foi porque eu disse pra ela que ela traz mais de um cara aqui pra casa.
Não sei se foi quando ela me chamou de louca ou chamou ela de tarada.
Ou quando inferiu que eu tava com quase-pneumonia e que ela tinha mais de um cara no quarto dela.

Só sei que a minha mãe tá vindo. E eu vou me mudar em breve.

(eu ouvi um "aleluia"?)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

"Alguém pra olhar no fundo dos olhos, e sorrir profundamente para (e somente por causa de) aquilo que vi alí"

A cada dia que passa, parece um quadro mais impossível.
E descobri que tenho medo do amor. Afinal eu devo ser o único ser humano (ironia, gente..olha lá, tá vindo) que se fode a si mesmo de maneiras estrondosas por amor. E acho que passar esse trabalho super não é a minha. Os meninos bonitos parecem vazios; os feínhos tão favoritos parecem inseguros e dependentes; os bagaceirs, bagaceiros; e aqueles que não fazem meu tipo não fazem meu tipo.
Vou bater na porta de um mosteiro:
"Me aceita pra monge?"
E o monge mestre falará:
"Terá que largar os vícios mundanos"
E eu direi:
"Feito faz tempo, rapá."
E lá me trancarei sem nunca mais me depilar ou deixar o cabelo grande novamente, livre de espelhos, livre do mundo, querendo que este se conserte e fazendo o que sei fazer melhor pra tanto (que seria meditar ao seu favor). Sem essa função de amor, amar, sentir falta ou stress. Apenas paz e aquele amor incondicional que não me pertencem.
Logicamente, o monge me diria algo do tipo:
"Vaaaai viver tua vida, sua louca, que fugir dela é covardia. Se a vida fosse fácil eu nem precisaria existir."
...
Monge panaca.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Lista de "coisas das pessoas que me fazem ter julgamentos antecipados e majoritariamente corretos sobre elas"

Lembrem-se sempre:
- Não confiar em quem você não consegue se lembrar do branco dos olhos. E a pessoa parece ser somente possuidora de escuridão onde deveria haver olhos;
- Nunca, jamais, fique/namore/case/envelheça com alguém que você não goste do cheiro. Se for fazer essas coisas, faça com alguem que você possa fungar no cangote infinitamente e não se cansar;
- Respeite seus instintos, mas se você tem um gato, respeite mais ainda os instintos do seu gato sobre alguém;
- Nunca, jamais, confie em alguém que não goste de Beatles. Pode ter outra banda favorita, e só gostar e não amar, mas NÃO GOSTOU, não olhe na cara.

Pequenas coisas, dessas que a gente PRECISA, às vezes.

- Uma sessão de filmes velhos;
- Um monte de amigos tranqüilos e chocolate quente;
- Lua deitada no sofá por 10 dias de crise e fuga, e seu caos;
- Pipoca boa;
- Mamãe;
- Alguém pra olhar no fundo dos olhos, e sorrir profundamente para (e somente por causa de) aquilo que vi alí;

sábado, 30 de abril de 2011

E me deu vonta de fazer em minha pele essa marca,..

Maria, Maria
É um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta

Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que rí
Quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta

Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....

Desabafo contigo direcionado para alguém que não sabe da existencia desse blog OU a carta de divórcio

Muitas vezes as minhas decisões são impulsivas demais. Muitas mesmo. Você foi uma delas.

Então...sabe que não sei porque você me afeta tanto? Tudo que você faz é se fechar em você, em seu pequeno espaço, e deixa todo um resto enorme da casa aos meus cuidados. Eu deveria prever, pois afinal você não vive fora do que te pertence, que deixaria o lugar todo a esmo, pra eu cuidar, quando ele em tese é comum. Mas ok.

Não sei porque você me afeta tanto quando sai por aí, e me deixa com toda a responsabilidade que você renega, chama amigos pra ir junto e não me convida. Não sei aonde, no meio disso, eu deixei de ser opção "amiga", mas pensando bem, sei sim. Foi quando eu fiz o mesmo, um pouco antes, não foi? E por que, então, eu ainda me afeto? Eu teria dito um "não", forte, mas igual...manda a educação. E você não a tem, e tenho reparado isso.

Acho que cansei de me decepcionar contigo. Nesse momento da minha raiva, te resta a falta de esperança que eu criei quanto à você, e zero expectativas. Nesse momento estamos em pré-divorcio (ou zen-budismo), e eu gostaria mesmo de te falar isso cara a cara, frente a frente. Mas aparentemente você não deixa. E aparentemente esse zen budismo me fará ter muito mais trabalho, mas cansei de depender de você pra me sentir bem em casa

Eu sabia que você era difícil, e eu topei. Gostaria que ao menos você fosse limpa, e nem precisava de mais nada.

Eu gostaria de ter a raiva e o rancor suficiente pra te mandar fechar as pernas e limpar a sujeira que você faz, e tentar se lembrar das coisas que você não cumpre, mas tudo bem. Gostaria de te dizer que você não tem respeito por você e que deveria se cuidar, sair da superfície, e que você jura que tenta, mas não consegue e não vê isso. Acho que você sofre de desamor.

Então, você hoje foi promovida à fantasma. E desconto de 50% em um apartamento de dois quartos.

No momento, eu vou meditar e tentar entender minha raiva por você e, com sorte, transformar em pena.
E procurar outro lugar se isso continuar assim.
Não fale comigo, ou eu te encho de tapa.

Um beijo.

L.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Doce de chocolate com morango

Eram 3 da manhã, e ela correu, correu de tudo, correu da vida e das obrigações, da dieta, do padrão. Correu do marido e dos filhos que a esperavam, correu da panela em fogo baixo. Correu, simplesmente. Correu da forma mais complicada.
Correu tanto, tão mais rapido que tudo, que muito certamente ela flutuava e não tocava mais o chão. O vento era tanto e tão forte que o cabelo voava, os olhos lacrimejavam. Ela não ia mais voltar, ela ia correr pra sempre.
Ela chegou ao seu destino, eventualmente, e parou. Parou simplesmente da forma mais complexa. A quietude, a paz, a estabilidade. Era tudo encantadoramente estático, todo o minimo movimento se fazia sentir. O calor das faces, a respiração agitada, os batimentos fortes e intensos. Era lindo.
Ela foi até a padaria, comprou um doce de chocolate com morango, e o comeu como se fosse a unica, a ultima, o prodigo, com seu passo timido. O doce a enjoou, a quietude foi ficando gosmenta e pesada, e ela não a queria mais.
A vida, eventualmente, passou pra busca-la e ela correu de novo, pro outro lado, longe dela. E nem ela mesmo sabia pra onde. Correu pela contramão e pelo caminho mais dificil e mais enrolado pra chegar exatamente onde deveria e lá ficou, novamente estática, até se mover de novo.




Eu te amo porque você é como você é, e você segue na vida no sentido anti-horario, e você não precisa ser nada além disso : )

A paz de espirito

Já diziam todos no mundo que tudo passa, e quando passa é simplesmente lindo.
As coisas boas são guardadas numa caixinha na memória e aquele peso, aquele..sabe? Vai embora, correndo, batendo as asas, pelos olhos, pelos poros, pelo grito, pelas lágrimas de angustia e pelo suspiro de alívio.
É quando a roda da vida gira e você sai daquele lodo, respira fundo o ar leve e sem aquela umidade pesada e lamacenta.
E juro, que nada foi melhor pra mim do que sair disso, com meu dinheiro, do meu trabalho, da minha bolsa insignificante.

Venha então, a estabilidade, e tudo aquilo que posso encarar com pés firmes e certeza.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Pensa numa merda muito grande

Se eu digo que não está acontecendo, então não está.

NÃO DISCUTE COMIGO

aiaiaiaiaiaiai

domingo, 20 de março de 2011

A postagem adiantada de aniversário

Em resposta ao domingo sem parque.

Nada demais a te dizer agora, nada além de que os nossos 24 terão que ser comemorados num bar gay muito gay na Dona Guta, ok?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Em Porto Alegre, clima agradável.

22°C com sol na capital gaúcha.
Uma brisa muito agradável entra pela janela.
Penso nos dias que eu aproveitei meu quintal, ou as proximidades dessa casa.
Me vêm ao pensamento que, de início, eu não gostava daqui.
E resta esperar as melhores coisas da nova morada.

De repente a Federalme parece tão (tão tão) chata.
Mas eu tenho certeza que é um pouco rancor das pessoas dela mesmo.
Reparei que aqui as pessoas costumam a ter mais regras, também. É tudo incrívelmente previsível.
Quando vim pra cá, me senti mais da família, mais dos amigos, e mais de São Paulo.
Por mais estranho que isso possa parecer.
(Há um tempão pão pão atrás).

E de todas as coisas que me via no futuro:
Mãe, filha, avó, bióloga, louca dos gatos, educadora, ambientalista, ativista, cozinheira, dona de um bistrot-escola, nerd aos 50 anos, guitarra base e vocal de uma banda cover dos beatles totalmente feminina chamada "lay-dee bug"...
Certamente não me vi viajante.
Eu era/sou/fui/hã? muito apegada para ser viajante.
E acho que sou viajante. Mesmo não viajando muito.
Mesmo que eu viaaaaaaaaaje
Ao menos não moro mais em casa desde cedo. Muito cedo. Mesmo que um tanto sem querer.
O futuro tem esse jeito estranho de mexer com as coisas.

Quando brincamos de Beatles na Abey Road
Eu e meus irmãos, na Paulista
Éramos:
Eu, a mais nova, o Ringo
O mais velho, o John
O do meio, o George
E o mais novo, dentre os mais velhos, o Paul (por insistência dele, por pedir primeiro.)
Eu decidi todos os outros.

E a coisa mais divertida que fiz em muito tempo foi pintar o cabelo de azul, e me senti muito no ginásio, no colegial, nos strokes, no banheiro chorando, e na revolta com tudo e todos. Eu queria por pra fora não a revolta, não a diferença, mas A COR que há em mim. No meu cabelo.

Hoje sou alguém com o cabelo um tanto azul e um guarda-chuva amarelo.
E que mora longe
E que viaja.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A Carta de Fim de Namoro da Mulher Moderna

Caro Otário

Estou escrevendo esse post na wall do seu face porque:
1 - eu saí do orkut, porque é brega;
2 - Estou infeliz nesse relacionamento.
E não quero te deixar triste. Sei que cinco meses é um tempo muito longo e nos conhecemos bem demais, mas é que não dá mais. Eu sou uma pessoa totalmente diferente agora, e você não é mais o cara pelo qual eu me apaixonei.
Então, devolverei seu IPod, logo depois de baixar as musicas pro meu note; vou deletar nossas fotos e te excluir do MSN. Suas cartas, caso esteja se perguntando, usei nas aulas de psicologia (se não se importar...), mas pra garantir sua privacidade, mudei nossos nomes. Aliás, te aconselharia à procurar tratamento para sua neurose, trabalhar a relação com seus pais..e...desenvolver melhor sua sexualidade.
Já mandei um sms pros nossos amigos em comum avisando sobre isso.
Ah, sim, avise sua mãe que ainda nos falaremos por skype, se ela quiser, e à sua irmã que ainda vou leva-la no show do Restart.
Então, era isso.
Por favor, me mande por email os arquivos que deixei salvos no seu desktop.

bjs