Tempo onde tudo seca, tudo dorme. Não tem nada alí além de você e o resto, sem o disfarce amigável do verde, sem o calor que confunde. É só você e os galhos secos. E o frio, é lógico.
Você encara tudo aquilo, sem nada além do ar entre seus olhos e a verdade. Então enxergamos exatamente o cerne, o centro, a medula. A coisa é tão nua e crua que parece cruel, dura, fria e sem coração. Não há folhas, flores, frutas, calor ou vida aparente.
Então eu me arrependo.
Mas me esqueço, também, que folhas, flores, frutas e calor fazem parte daquilo e a vida não foi embora.
Mas o nu e cru é tudo que eu consigo ver, e estamos naquele momento em nossa vida onde uma vez que se vê a realidade da coisa, você se cega pra qualquer amenização dessa imagem.
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