quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dessas Coisas que Contemos ou Porque Eu Não Acho Pornografia Válido.

Antes de mais nada queria dizer que não ter um blog daqueles que são feitos pra serem lidos, sabe? é bom, simplesmente por ter onde escrever coisas sem menor sentido ou estilo. Fikdik que depois que eu li a Pix do dia do cinema eu pensei que "ufa!" por não ter quem me venere. É muita responsabilidade escrever pra ser lida. Mesmo. E gosto de escrever pra ter vazão de coisas e ler depois e rir (hahaha).

A coisa agora é sobre essas coisas reprimidas, contidas, sufocadas, esganadas e trancadas dentro da gente. Explico:
Pra mim, alguém muito triste ou com muita raiva de alguma coisa pode um dia transformar a raiva contida numa agressão ou assalto ou assassinato.
E também alguém que reprime suas dúvidas e incertezas faz o mais ridiculo do mundo pra buscar uma aprovação instantânea.

Uma coisa é você gritar e ouvir nirvana ou ter uma conversa com alguém que te deixou assim ou resolver o problema da melhor forma possivel. Outra coisa é você xingar todo mundo, bater nas pessoas em volta porque está infeliz.
Me veio agora um operário infeliz.
Um operario infeliz pode mexer uns pauzinhos no sindicato e enlouquecer o patrão dele - e alguns historiadores - ou reprimir a raiva, encher a cara e bater na mulher e nos filhos com uma chave inglesa.

E assim também eu vejo a pornografia.
A curiosidade pelo corpo do outro, pra que serve tudo aquilo alí embaixo, perguntas não-respondidas pelos pais, a dualidade e separação entre "homem" e "mulher" (que pra mim, biologicamente biologica, parecem duas espécies, e não o "macho" e "fêmea" de uma mesma) faz com que o mundo seja recheado de...(eu ia dizer tarados, mas a palavra que eu quero é outra)...pervertidos.
Tarados todos somos, no momento eu preferia estar dando ao invés de estar com insonia escrevendo sobre sexualidade. E qualquer um prefere trepar a ler qualquer coisa que eu escreva. Mas eu acho que prefiro ler Neil Gaiman do que fazer sexo. Bem, sexo não é a minha prioridade, mas o ponto é que é algo mais divertido de fazer com os nossos corpos do que bem...muita coisa. Ser pervertido é diferente.
Pra mim pervertidos são aqueles que gostam de pornografia (e eu acho pornografia diferente de erotismo...a questão é a "agressividade") de um jeito não-saudável. Sei lá, não sei se faz sentido a pornografia...ver as pessoas...se degradarem dessa forma.


Uma pessoa pode sei lá. Saber pra que serve aquela coisa engraçada entre as pernas dela, saber de onde vem os bebês, saber que todos sentem coisinhas agradáveis quando mexem "lá". Podem saber também que tem hormônios que ativam ou desativam a vontade das tais "coceguinhas", que há muitas coisas que podem nos agradar: meninos e/ou meninas, pessoas com uma roupa especial, pessoas loiras, morenas, carecas, magras, cheias, gordas, retas, com curvas, fortes, etc..etc...etc... Todos sentimos isso, todos temos vontades, todos temos o que nos agrada, todos, uma vez na vida, nos sentimos assustadoramente tarados. E isso não deveria nos causar medo ou ser algo a ser engarrafado.

Basicamente: há uma degradação muito desnecessária. E eu fico muito muito triste quando quero ver TV de madrugada e tenho que escolher entre Polishop ou uma mulher cuspindo fogo entre as pernas com uma tocha em forma de pinto, e chupando a tocha depois.

Ok!!!!! tem todo o contexto da humanidade "esconder as vergonhas" e "não fazer sexo porque jesus não gosta" e das pessoas não poderem sentir prazer tralalalala e tuuudo isso dá no que é hoje. Igual, me deixa tris-te.

E não, não sou contra masturbação.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Deixe ferver e cozinhe em fogo baixo.

Nessas noites de insistente insônia o que mais me falta é tempo... pra ficar cansada demais pra fazer algo e agitada demais pra dormir.
Bem, enquanto (não) tomo a coragem pro chá-do-mal, fico nos devaneios internos. Então me dá aquela jovial e intrigante vontade de escrever e desenhar.

/partedacrise

Daí pensei..quando eu era mais nova (meudeus, eu to em crise com o tempo) eu SEMPRE tinha idéias muito boa de quase tudo, diria até, ATÉ, que escrevia melhor (afinal eu tinha aulas de portugues e literatura, né?). E enfim...depois das descobertas da genialidade dos tempos passados que essas férias trouxeram percebi que talvez eu tenha disperdiçado um dom (ou tenha deixado a coisa toda "fervendo e cozinhando em fogo baixo", mas...não.) e que eu nunca terei aquela cabeça ativa e de muitas coisas surgindo.
E vou dizer que a maioria das coisas que me pego pensando pra criar histórias pra uma música durante uma viagem de metrô, sabe?, são desse tempo. E eu deveria ter feito um estoque maior de pequenos contos inacabados. Mas, a gente espera que não sempre né?

partedacrise/


Então
eu comecei a pensar em coisas boas pra fazer uma história
coisas velhas e coisas novas
e tudo que eu consegui foram imagem soltas e cenas estranhas como um quebra-cabeça sem sentido.

quase poético, se não fosse a partedacrise alí em cima.

_________________________


E você sabe que sua vida está TENSA quando sua mãe te diz pra não dormir.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pró's e Contras da vida

Morar em dois estados


Diversidade sempre, né? / Falta de identidade aloka

Sempre conheço gente nova / Sinto falta de ter pessoas "velhas"
por perto

Durante o Semestre, tenho Saudade de Sampa / Nás férias, falta Poa

Eu sempre vou gostar de pizza / Sempre vou topar um chimarrão

Às vezes eu durmo e não sei aonde eu acordei
às vezes eu vejo alguém parecida com a minha mama na rua e sinto a falta dela
e outras vezes eu vejo pessoas de PoA em sampa e reparo que estou em sampa.
Eu não sei pra onde eu vou depois de tudo isso
Eu não sei ainda se eu gosto dessa ambigüidade
Mas o fato de eu estar com saudades antecipadas da casa de Poa merece um brinde?
Merece.
Afinal, o que não merece um brinde?
à minha (não)intensional liberdade.
ps: trabalhos de fim de semestre me fazem gostar especialmente de textos centralizados.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

e devo dizer que foi um filme muito bom

sexta-feira, 2 de julho de 2010


é tão bosta quando você tenta desenhar a Celine Dion...
E sai a Katylene...
Assim
As vezes algumas pessoas, ou animais especiais, morrem.
Geralmente eu sonho com elas um tempo depois.
Foi assim com a Yolei. A Gata. Sonhei antes dela ser sacrificada e depois. Ela apareceu como uma menina loira e como uma enooorme gata branca, depois...
Foi assim com o Irion, gato também, que apareceu pra mim como um indiano que era gay - é, estranho, eu sei. - Eu sempre achei que meu gato fosse gay, porque ele era muito medroso e "amigo" do meu cachorro, e coisa e tal...
Aconteceu com a minha tia-avó, que quando falesceu apareceu num sonho no qual eu andava abraçada nela.

Eu sonhei com meu pai, mas ele não apareceu diretamente. Eu não me lembro como foi ou o que foi, só sei que não foi um recado direto.

Me senti meio triste, porque sou mais proxima dos meus gatos e da minha tia avó do que o cara que eu tive como pai. Ou não né?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

E o cara era pintor...

Tá, tudo começa nessa história que escrevi faz tempo.

E o cara era pintor, saiu de uma foto (na foto ele acendia um charuto e tava sujo de tinta) e de uma musica do Cake, Love You Madly.
E era mais ou menos assim...
Ele tava na paulista, pintando sei lá o que e fumando um charuto. Fala com alguém que passa sobre as coisas que ele pinta, sobre como a ex dele odiava quase tudo nele mas ele gostava dela igual. Uma hora a coisa se distanciou muito e ele resolveu que tinha que seguir em frente, e amor, por mais amor que seja, acaba (menos o da sua mãe, esse é pra sempre. E olha que a mãe dele é crente e diz pra ele cortar o cabelo e tomar jeito na vida).

Enfim...ouvi Love You Madly e senti saudade. E pensei, ao andar pra parada de onibus, o que ele diria pra mim se a gente se visse.

E, na minha doentia cabeça, pensei que ele viria na rua, com seu gol véio (daqueles quadrados e cinzas), toca fita (sim, toca fita) ligado no rádio e me daria uma carona pra faculdade.

Ele pergunta como eu ando.
Respondo "não muito bem" e coisa e tal.
E ele, delicadamente, muda de assunto e pergunta como tá a faculdade.
E eu respondo que não muito bem e coisa e tal.
Ele me diz que eu sou a esperança do pessoal, se eu ferrasse meu futuro, ele ferrava comigo.
Fiz uma cara de desespero, mas ele riu e disse que as coisas dariam um jeito nelas mesmas uma hora ou outra.
Ele sorri, pergunta se já larguei o celibato e me chama pra sair na sexta.
Eu tinha prova.
Ele me chama de coisas e me diz pra levar a vida não tão a sério.
Disse que alguém precisava levar.
E então, com a sabedoria que ele não sabe que tem, disse que a vida não leva quase nada a sério e que a gente deveria relaxar e ver o que ela tem aprontado pra gente.
E eu respondo que tenho aprontado algo pra ela, mas eu não sabia o que ainda.


Ele me deixa na faculdade e vai embora.



Da série: a Lu e a mente insana dela