sábado, 30 de abril de 2011

Desabafo contigo direcionado para alguém que não sabe da existencia desse blog OU a carta de divórcio

Muitas vezes as minhas decisões são impulsivas demais. Muitas mesmo. Você foi uma delas.

Então...sabe que não sei porque você me afeta tanto? Tudo que você faz é se fechar em você, em seu pequeno espaço, e deixa todo um resto enorme da casa aos meus cuidados. Eu deveria prever, pois afinal você não vive fora do que te pertence, que deixaria o lugar todo a esmo, pra eu cuidar, quando ele em tese é comum. Mas ok.

Não sei porque você me afeta tanto quando sai por aí, e me deixa com toda a responsabilidade que você renega, chama amigos pra ir junto e não me convida. Não sei aonde, no meio disso, eu deixei de ser opção "amiga", mas pensando bem, sei sim. Foi quando eu fiz o mesmo, um pouco antes, não foi? E por que, então, eu ainda me afeto? Eu teria dito um "não", forte, mas igual...manda a educação. E você não a tem, e tenho reparado isso.

Acho que cansei de me decepcionar contigo. Nesse momento da minha raiva, te resta a falta de esperança que eu criei quanto à você, e zero expectativas. Nesse momento estamos em pré-divorcio (ou zen-budismo), e eu gostaria mesmo de te falar isso cara a cara, frente a frente. Mas aparentemente você não deixa. E aparentemente esse zen budismo me fará ter muito mais trabalho, mas cansei de depender de você pra me sentir bem em casa

Eu sabia que você era difícil, e eu topei. Gostaria que ao menos você fosse limpa, e nem precisava de mais nada.

Eu gostaria de ter a raiva e o rancor suficiente pra te mandar fechar as pernas e limpar a sujeira que você faz, e tentar se lembrar das coisas que você não cumpre, mas tudo bem. Gostaria de te dizer que você não tem respeito por você e que deveria se cuidar, sair da superfície, e que você jura que tenta, mas não consegue e não vê isso. Acho que você sofre de desamor.

Então, você hoje foi promovida à fantasma. E desconto de 50% em um apartamento de dois quartos.

No momento, eu vou meditar e tentar entender minha raiva por você e, com sorte, transformar em pena.
E procurar outro lugar se isso continuar assim.
Não fale comigo, ou eu te encho de tapa.

Um beijo.

L.

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