Sempre me leva a escrever. Essa angústia, esse vazio, esse grande espaço do "não saber mais o que fazer". Te esgotam as palavras, as possibilidades. Resta tu, um turbilhão de idéias, e muita, muita vontade de por pra fora.
A vida parece cordas, muitas cordas, enroladas juntas, e nós tentando desfazer os nós. E eu me sinto assim, alí no meio de muitos fios, desfazendo nós. Parece que o grande mistério será revelado depois daquela puxada, daquele desfeixo, daquele negócio particularmente difícil de desemaranhar. Daí acontece que às vezes os nós ficam mais apertados e tu te arrepende da decisão que tomou. E são muitos, muitos nós.
A parte divertida da meta-escrita é quando tu metaforiza e essa mesma metáfora vem e te dá 3 chutes no estômago.
A pior parte do cansaço é quando ele é emocional, daí tu tenta dormir e teus fantasmas te assombram.
A pior parte da preguiça é quando tu tenta dormir e os fantasmas do chão empoeirado e a cozinha engordurada te assombram
A pior parte da solidão é que todos os fantasmas te assombram.
A teimosia é algo engraçado. Te faz se segurar desesperadamente em coisas que não dão certo e nem são boas pra ti só porque elas já estavam lá.
A saudade é tanta que vim aqui pra poder falar contigo mesmo que tu não saiba nem metade do que tem se passado na minha vida, mas igual tu sempre me entende.
Eu queria poder ver o futuro, saber o que ia acontecer. Seria uma tesoura afiada (mas sem ponta, Eliana me ensinou bem) no meio daqueles nós, alí do começo.
Depois eu penso que não quero mais.
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