domingo, 21 de agosto de 2011

Das coisas que só Neil Gaiman faz por você

Ela era uma ladra.
Das más, terríveis, tétricas, abomináveis, horripilantes! E muitos, muitos outros adjetivos bem assustadores para definir alguém assim.
É claro que as pessoas sabiam dela, e das pessoas de sua "laia". Mas nunca, nunca a pegaram.
Já usou de tudo: identidades falsas, roubadas e desculpas absurdas. Usou disfarces, usou mentiras. Era algo descontrolado.
Ela roubava histórias. Livros não. Histórias mesmo.
Ela as roubava das páginas, livrarias e bibliotecas (ou de basicamente tudo que tentasse privatizar, burocratizar, organizar e dificultar seu acesso às tão preciosas jóias de seu cérebro). Chegava como quem não quer nada, estacionava atrás da estante dos livros de literatura clássica (caso você não saiba disso ainda, os mais famosos e procurados ladrões de história se encontram nessa ala. Não por gostarem dos clássicos, mas ninguém em sã consciência para lá por livre e espontânea vontade.), com livros das mais diversas estantes. Julgados ou não pelas capas, ruins ou bons, grandes, breves, velhos, novos, da sessão de best seller ou dos mofados no canto.
Os lia com uma voracidade intensa e única. Ninfomaníacos, chocólatras, tabagistas, alcoólatras... HÁ! Leitores vorazes viram a noite com algo insípido, feito de papel, que cansa os braços, os olhos e as costas. Com sorte, ainda sujam os dedos e sofrem de rinite crônica. E ela o fazia em pé, atrás das estantes.
Depois, fechados os livros e devolvidos na estante intactos (e se "tacto" definisse o ato de cheirar aquele odorzinho maravilhoso de livro recém aberto, esse verbo seria BASTANTE inadequado aqui), saia caminhando nostálgica, feliz, dona de uma fortuna incalculável.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dentre todas as coisas que fazem você parecer a irmã que eu não tive...
...a distância nso aproximar, essas coisas parecidasediferentesaomesmotempo que temos...
mas é a faltinha engraçada que você faz.